quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Passos para Mortificar o Pecado - John Piper



Passos para Mortificar o Pecado - John Piper

          Pensamentos sobre a mortificação


Saber que todos os crentes verdadeiros têm o pecado remanescente
em si mesmos, nesta vida, tanto é um alívio como uma
tristeza. O grande apóstolo disse: “Não que eu o tenha já
recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).
Em outra carta, ele disse: “Mas vejo, nos meus membros, outra lei
que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (Rm 7.23). E Jesus nos
ensinou a orar diariamente: “Perdoa-nos as nossas dívidas” (Mt 6.12). Isto não significa que temos de ser complacentes com o pecado. Significa que temos de combatê-lo diariamente. Somos ordenados a matar constantemente o pecado que permanece em nossa vida.

 "se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, peloEspírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis... Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena” (Rm 8.13; Cl 3.5). Isto não é opcional. É um combate mortal: ou o pecado morre, ou nós morremos. O que acontece não é que nos tornamos perfeitos nesta vida, mas continuamos a matar os pecados quando eles nos atacam, dia após dia. Não nos acostumamos com o pecado. Lutamos e matamos. Como mortificamos o pecado? Aqui ofereço treze passos táticos nesta batalha.

1. Busque forças na verdade de que o velho pecador em você já
está decisivamente morto (Rm 6.6; Cl 3.3; Gl 5.24). Pela fé, estamos unidos a Cristo, de tal modo que a morte dEle foi a nossa morte (Rm 6.5; 2 Co 5.14). Isto significa três coisas: a) o golpe mortal em nosso“velho homem” já foi dado; b) o velho “eu” não será bem-sucedido em dominar-nos agora; c) a derrota final do pecado é certa.

2. Reconheça conscientemente a morte do velho homem, ou
seja, creia na verdade das Escrituras a respeito da morte do velho
homem em Cristo e procure viver nessa liberdade (Rm 6.11). Viver
aquilo que você realmente é constitui uma prova do que você é. Uma ilustração clara de tornar-se aquilo que você é encontra-se em 1 Coríntios 5.7: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova
massa, como sois, de fato, sem fermento”. Isso parece estranho, mas a salvação é uma coisa estranha e maravilhosa. Lançai fora o velho fermento do pecado, porque ele já foi lançado fora. Se você tentar criar argumentos lógicos com esta realidade e disser: “Não preciso lutar contra o pecado, porque ele já foi removido”, provará apenas que não está entre os purificados.

3. Cultive inimizade contra o pecado! Você não mata amigos
(Rm 8.13), e sim inimigos. Pondere como o pecado matou o seu melhor Amigo (Jesus), desonra a seu Pai e almeja destruí-lo para sempre. Desenvolva maior ódio ao pecado.

4. Rebele-se contra as ações bem-sucedidas do pecado. Recuse
ser intimidado pelos enganos e manipulações do pecado. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões” (Rm 6.12). Tentações ao pecado são meias-verdades e meias-mentiras na melhor da hipóteses. Paulo chamchama os frutos do pecado de “concupiscências do engano” (Ef 4.22).

5. Confesse lealdade radical ao outro lado — Deus — e coloque,
de modo consciente, toda a sua mente, coração e corpo à disposição
da pureza e da retidão. “Oferecei-vos a Deus, como ressurretos
dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos
de justiça” (Rm 6.13).

6. Não faça qualquer plano que abra a porta para o pecado.
“Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”
(Rm 13.14). Não prove sua pureza em uma loja de pornografia ou
seu compromisso com a simplicidade em um shopping de classe alta.

7. Conheça o espírito de sua época e resista conscientemente à
conformação com ele (Rm 12.2). Como D. L. Moody afirmou: “O
navio está na água do mundo, mas, se a água entrar no navio, este
afunda”.

8. Desenvolva hábitos mentais que renovam, de forma contínua,
a mente na centralidade de Deus (Rm 12.2; 2 Co 4.16). Fixe sua
atenção, todos os dias, nas “coisas do Espírito” (Rm 8.5), “nas coisas lá do alto” (Cl 3.2). Que a sua mente se ocupe com “o que é verdadeiro... respeitável... justo... puro... amável... de boa fama...” (Fp4.8).

9. A cada dia, admita seu erro e confesse todo pecado conhecido
(1 Jo 1.9). Peça o perdão de Deus (Mt 6.12).
10. Em todas estas coisas, peça a ajuda e o poder do Espírito de
Deus. “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm 8.13). Tudo o que é bom em nós é um “fruto do Espírito” (Gl 5.22). Ele nos faz andar como devemos (Ez 36.27; Is 26.12).

11. Seja parte de uma igreja e de um pequeno grupo de comunhão
onde será freqüentemente exortado a acautelar-se do engano
de pecado (Hb 3.13). Perseverança na fé é um projeto de comunidade. Não temos garantia para pensar que teremos essa perseverança, se negligenciarmos os meios designados por Deus para o encorajamento e exortação mútuos.

12. Lute contra seus impulsos pecaminosos, com toda a sua força,
assim como um boxeador enfrenta um oponente e um maratonista
luta contra a fadiga (1 Co 9.27; 2 Tm 4.8).

13. Acautele-se das “obras da lei” e permita que toda a sua
guerra seja uma “obra de fé” (2 Ts 1.11). Ou seja, permita que a sua
luta contra o pecado resulte de sua confiança nos prazeres superiores de tudo o que Deus promete para você, em Cristo.

Trecho do livro Uma vida voltada para Deus - John Piper (pág. 146)

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